Na tarde de ontem, na Vila de Miritituba, representantes da
Fundação Bunge estiveram reunidos com moradores das comunidades dos Distritos
Municipais de Miritituba e Campos Verde, além de representantes de Associações
Comunitárias de Itaituba e vereadores. Na ocasião, foi feita a apresentação do
perfil do município de Itaituba e o que a Fundação Bunge pretende fazer para
diminuir estes problemas sociais. Serão investidos em 5 anos, R$ 8 milhões de
reais em Miritituba e Barcarena, sendo que a maior parte destes recursos
deverão ser aplicados em Miritituba, segundo a representante da Fundação. Vamos
ajudar a combater os problemas sociais destes municípios, afirmou a representante
da Bunge.
Na explanação, a representante da empresa mostrou o
faturamento da Bunge em 2013. Revelou que a empresa atua em 40 países nos
diversos ramos do agronegócio e que o faturamento bruto no mundo em 2013 foi de
U$ 61,3 bilhões de dólares e somente no Brasil, onde possui 150 negócios faturou
R$ 38,1 bilhões de reais em 2013.
A empresa está investindo no Estado do Pará, R$ 700 milhões
de reais, com empreendimentos em Miritituba e em Barcarena. Em Miritituba,
segundo representantes da empresa, a Bunge está fazendo seu maior investimento
do Pará e o seu porto já está funcionando com previsão de exportar anualmente 4
milhões de toneladas de grãos por ano, como soja, milho e farelo.
Para fazer este transporte de
grãos do Porto de Miritituba à Barcarena, a empresa dispõe de 42 barcaças de 100 mil toneladas cada uma, que fazem esta viagem
em 3 dias e meio( 80 horas), numa extensão de 1.000 quilômetros.
Após a explanação dos representantes da Fundação, foi aberta
a palavra aos presentes, quando vários questionamentos foram feitos, entre eles
a falta de publicidade daquela reunião. Os presentes criticaram que faltou
comunicação para que a população participasse daquela reunião.
O vereador Peninha, um dos participantes, se mostrou
preocupado com a aplicação$ 8 milhões, pois lembrou que no ano de 2013, a
prefeita Eliene Nunes assinou um convênio com a ATAP, entidade que representa
os empresários portuários, no valor de R$ 12 milhões em demandas que foram
apresentadas apenas pelo Poder Executivo, sem a presença das comunidades da
cidade, Miritituba ou Campo Verde e que até agora nenhum beneficio deste
convênio chegou ao município de Itaituba. A discussão foi as portas fechadas,
no Hotel Apiacas, onde ninguém sabia, afirmou o edil. Peninha pediu para que não
se repita este método na aplicação destes R$8 milhões. Que seja discutido com a
população este investimento, priorizando os mais graves problemas sociais,
pediu Peninha.
Na manhã de sexta feira, a reunião foi na Câmara de
Vereadores, com os edis e vários segmentos da sociedade. O projeto foi
apresentado aos presentes e o vereador PENINHA pediu uma cópia do convênio ao
Secretario de Meio Ambiente, Valfredo Marques e à vereadora Célia Martins, vice
líder do Governo na Câmara. PENINHA alegou que já procurou cópia do convênio na
Câmara e até agora não encontrou e apelou para o presidente vereador Wesley
Aguiar, que ficou de conseguir a cópia. A comunidade também desconhece este
documento que foi assinado pelo município e a associação dos empresários
portuários.
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