O Decreto Estadual nº 714/2013, que organiza a atividade
garimpeira no Tapajós pode causar um grande colapso no município de Itaituba. A
análise é feita por empresários de vários ramos de negócios, como combustível, gêneros
alimentícios, peças de motores e até mesmo de hotéis.
A maior parte da produção de ouro hoje de Itaituba está sendo
através de dragas (balsas) e com o uso de PC, e exatamente foram estes
equipamentos que estão proibidos de serem usados na extração de ouro, conforme
o Decreto.
Hoje o consumo mensal de combustível em Itaituba, com o
funcionamento de dragas (balsas) e PC’s é superior a 2 milhões de litros de óleo
diesel. Com a paralisação das dragas ( em torno de 70) e PC’s mais de 500, vão ficar desempregados
mais de 5.000 pessoas diretamente envolvidas e mais os famílias destes dragueiros
e do pessoal de apoio e dos motoristas de PC’s.
Para se ter uma idéia da crise que Itaituba vai enfrentar com
a paralisação das dragas e PC’s um motorista de PC’s ,hoje ganha mensalmente em
torno de R$ 8.000,00, dependendo de quantas horas trabalha na maquina. São mais
de 1.000 pais de famílias que trabalham com este equipamentos fora os demais
que trabalham nos outros equipamentos para separar o ouro do cascalho e nas
bombas das balsas que fazem a sucção do ouro do fundo do rio.
A preocupação é muito grande, já que com a paralisação, esta
gente não tem outro meio de vida. O pior, é que tem gente que comprou equipamentos
como PC’s, combustível, gêneros alimentícios, peças de reposição e agora não
tem como pagar.
A medida é importante, pois o Decreto vem organizar esta
atividade no Tapajós, porém as autoridades ainda não calcularam o caos social
que vai acontecer na região, principalmente Itaituba, Jacareacanga e Novo
Progresso, que vivem hoje praticamente do ouro.
Tanto é verdade, que não se preocuparam, que até agora apenas publicaram
o Decreto e como ficará a situação desta gente que vive do garimpo. A resposta
ainda não foi dada. A resposta está no ar.
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